Quando amarela
O dia,
O sol que rachaMeu olho beija
A brisa quente.
Bater de portas,
Chio de maritacas,
Espelhos d'água.
Meu útero infinito.
O cheiro de tempero
Bom enche de água
Na boca da fonte.
O mato curva-se
Ao dia quente.
O passarinho quebra
Lentamente o silêncio:
Dia de folga, feriado.
A cigarra cala-se para
Escutar.
É sonoro o silêncio
Que invade o verde
Das folhas do quintal.
O assovio, a serra, a solda,
Que liga meu retalho colorido
E intenso.
Sou apenas sentido.
Sou meditação.
++ silvia goulart
Nenhum comentário:
Postar um comentário