sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

viLa do osSo








 sou da vila do osso, beco da luz, vontade esquisita de pertencer a tudo o que é do mundo por meio do olho melhorado, adensado, possante, crescido na fecundidade estranha da política do lixo, onde recebo bênçãos divinas que me tornam bandido e herói ao mesmo tempo



estou sempre pedindo ser assaltado por almas ternas assassinas que me podam o prazer caricato, a cultura do gozo imediato ::

meu ponto g é meditativo :: problemas para estimulá-lo, eu padeço sempre com seu brasileiro eternizar-se, padeço e gozo,  abraçado a serenas marcas de religião à brasileira ::

problemas, eu sei da sua pia unidade com a pólvora de regentes celestiais de densidade americana  ::


velo por tudo, receptividade morena e antiga, corte profundo vento quente de um abismo

@@@@@




domingo, 7 de janeiro de 2024




Quando amarela

O dia,

O sol que racha
Meu olho beija
A brisa quente.
Bater de portas,
Chio de maritacas,
Espelhos d'água.
Meu útero infinito.
O cheiro de tempero
Bom enche de água
Na boca da fonte.
O mato curva-se
Ao dia quente.
O passarinho quebra
Lentamente o silêncio:
Dia de folga, feriado.
A cigarra cala-se para
Escutar.
É sonoro o silêncio
Que invade o verde
Das folhas do quintal.
O assovio, a serra, a solda,
Que liga meu retalho colorido
E intenso.
Sou apenas sentido.
Sou meditação.

++ silvia goulart

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

retalhos


 

é 

cor

de

artesanal

confecção 

de

maria,

colchas,

retalhos

do

cotidiano,

retratos

de

filhos

e

netos,

restos,

o capacete

de

um

guarda

de

trânsito,

os 

ares

do

governador,

a

ponte,

a redenção 

que

a louvação

do

boi,

que

o

mantra

de amor

ao

globo

nos

proporciona,

notícias 

no 

podcast

do

rádio

da

vizinha,

meus

ares,

a

consumação 

que

voa

pelo

ar

no

cheiro

e gordura 

da

comida,

meus

filhos

me

amam,

docilidade

dos

becos

de

goiás,

os

restos

do

dia

correm,

fluem,

escorrem,

rodam,

rodopiam,

são 

minhas

rodas

de

meninas,

minhas

saias,

redemoinhos,

tudo

escorre

a vida,

as

mãos 

pretas

trabalhar

o dia

com

encantação

segredo,

futebol,

a

política,

os

cosméticos

da

menina,

estratégia 

do

menino

que

torce

pelo

cruzeiro,

corinthians,

inter,

grêmio,

a corja,

o milênio, 

os 

assaltantes,

os mineradores

de

bauxita,

companhias

aéreas,

passagens,

viagens,

compras

online

do exterior, 

cursos

online,

pirulitos

que

demandam

estudos

na 

internet ::








sábado, 25 de novembro de 2023

     




a minha cabeça  tem anos que se forma, com base na sólida opinião de que o bem é um alvo constante, uma matilha me ronda para me amar se sou eu esse alvo, com minha original bandeira de amor ::

limpo a cabeça como quem limpa a rua, já  que ela está sempre suja vitima de ataques que são passares, projeçōes do desejo mítico universal individualizado em transeuntes, assassinos vendedores de água, abrem suas comportas (...):

sou eu esse escravo, de bons modos, roupa limpa, de manias sensíveis e constantes, de perdas amargas incontroláveis, sou esse preto roto e amassado, cada dia mais, pelo mundo e por um sentido animal obscuro de despoluição e limpeza, coração do mundo :: concluído em 25 nov. 23

terça-feira, 22 de agosto de 2023

 



rensga hits, sertanejo amoŕ :: bandido bom é bandido morto, carandiru impune :: que posso fazer para dizer melhor o que penso e sinto em um contexto desses? :: que meus primeiros pensamentos evoluam, meu pansentiment0 caboclo, minhas divagações noturnas, e que eu possa circular mais livremente :: (agora que vou pro caixa, estando no zé, que meu augúrio faça valer seu poder... 

domingo, 30 de julho de 2023

não-verMe

 como se eu colocasse ovos, sempre,

uma deposição,
à beira do
gUaíba,
tudo tem que
ser bonito,
tudo o que eu
for fazer,
xamânico,
em conexão
com o mito
caboclo
de minha
terra,
minha terra,
onde aprendi
cultuar pat
metheny,
are you
going with me?,
os mortos
no chão,
na cavalhada,
nos parques,
rio de janeiro...
todo chão que eu piso, que
precisa virar
um super
chão,
nunca trivial,
enquanto o mundo segue tratando o banal
como banal,
eu vejo
minas de ouro
e diamante ::
e quando
eu morrer,
silenciosa
e africanamente,
que seja
sob
esse tesouro,
e não
sob
o erro
neurótico
do lugar
que me
tinha
como
verme ::



como se eu colocasse ovos, sempre,
uma deposição,
à beira do
gUaíba,
tudo tem que
ser bonito,
tudo o que eu
for fazer,
xamânico,
em conexão
com o mito
caboclo
de minha
terra,
minha terra,
onde aprendi
cultuar pat
metheny,
are you
going with me?,
os mortos
no chão,
na cavalhada,
nos parques,
rio de janeiro...
todo chão que eu piso, que
precisa virar
um super
chão,
e eu me agachar,
esse
bater cabeça,
nunca trivial,
enquanto o mundo segue tratando o banal
como banal,
eu vejo
minas de ouro
e diamante ::
e quando
eu morrer,
silenciosa
e africanamente,
que seja
sob
esse tesouro,
e não
sob
o erro
neurótico
do lugar
que me
tinha
como
verme ::
daí
cirúrgico
na precisão
de não
me afogar
em procuras
loucas
literalmente,
doentes,
prejudiciais,
perigosas ::

(versão versão melhorada



 

sábado, 29 de julho de 2023

 

DOMINGO, 28 DE MARÇO DE 2010

Sorvete de abacate


Desmancha-se
No

Quente.
Quer um

Consolo?
Espera

Um primeiro
Ar

E delicia-te
Com

Um sorvete.
Se possível,

De abacate.

Teu prazer
É um riso.

Não
Envergonho

Se lambo
Os dedos

E açucaro
Os lábios.

Sabor
Bom

De abacate.
Verto

Pelos
Olhos

Agora
Uma água

Doce.
Ninguém

Morre
Mais.

Lambo
Os olhos.

Lambo
Os dedos.

Mereço
Esse

Beijo
Que um

Abraço
Apertado

Me traz.
Boa

Boca,
Vêm lábios

E sabedorias
Astrais.

Cala
Com

O quente.
A paz.

O segredo
No teu

Ouvido
Sussurado:

"A sós
não estás."

Este
Segredo

Consola-te.
Vida

Boa
Na origem.

Perdoa
O que

Provocou
Tanta

Morte.
Inebria-te.

Logo,
O coração,

Sorrateiro,
Esquece.

A vida
Do homem

A vida
Esquece.

Estou
Morto

Como
Se

Tudo
À minha

Vida
Voltasse.

Dou
Sete passos

E uma
Volta.

Sou
Inteiro.

Meu
Sexo

(Segredo)

Vibra
E goza.

A sombra
De ser aceito

Pelas
Vinhas

Do desejo

E ao
Sabor

De um
Sorvete

De abacate.


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A CONTA COLETORA COLETIVA

 

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