a revolução seria uma forma de recalque do inconsciente conflituoso, insolúvel, mar eternamente agitado? :: a revolta, a rebelião, o rock, a disfunção do sistema... :: difícil aguentar também sempre a arte e suas inutilidades, seus recortes disruptivos :: ((mas prossigo na arte, com a esperança de um dia conseguir provar a verdade inconsciente e sua importÂncia
mergulho no inconsciente acordado e vivo, buscando banhar-me ::
>< a partir do recorte do guitarRista quebrando seu instrumento no palco, repercutindo a dor face à tirania dos esquemas míticos do criaDor ((serpente no paraíso etc.
sem a arte o perdão não surge ::
a arte é visível a dEus, e ninguém mais, uma converSa íntima com o criAdor :: ninguém vê, ninguém saBe, não é pra mostRar :: aprendi a curar-me pela arte quando entendi isso :: daí sim saí da toca e fiquei visível no âmbito regulatório das expectativas de divinização ::
conceito de imbecilidade: tudo que não se move :: por isso a crítica mordaz à postura das "pessoas na sala de jantar", ou ao tempo simplesmente passado em frente à televisão e nada mais :: coisas imóveis me gritam, continuamente, pedindo recriação :: ao dEus do hábito de reciclar eu dedico o meu tempo mais manhoso, mais escondido, para sobre mim se depositar uma cerTa fama de louco ou de não bem certo espírito >< ((acrescento em 21 jun 20: a forma desse comentário é diversa, mas coincide com lembrança encontrada hoje no facebook e o comentário que fiz sobre essa lembrança, e que postei hoje nesse blog, sob o título "cozinha", de 21 jun 20) :: texto novo provável a partir de tudo isso: nenhuma mulher griTando, mas apenas gemendo de praZer, pelo hino prazeroso que canTo ao ato de recriar a casa, a paZ, os medos...
"'Se é verdade que a vida é governada pelo princípio do equilíbrio constante, de Fechner, então consiste numa constante descida para a morte'. O princípio do Nivervana emerge agora como a 'tendência dominante da vida mentale e, talvez, da vida nervosa em geral'. E o princípio do prazer surge-nos à luz do princípio do Nirvana - como uma expressão deste último:
... o esforço para reduzir, manter constante ou eliminar a tensão interna devida aos estímulos (o 'princípio do Nirvana'...) ...encontra expressão no princípio do prazer; e o nosso reconhecimento deste fato é uma das mais podrosas razões para acreditarmos na existência de instintos de morte."
MARCUSE, Herbert. Eros e Civilização, p. 44
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