visita da dedÉ :: já virou ocasião social :: como descobrir o tom? :: fantasmático recurso ao padrões míticos, ao conjunto de mitos :: ocasião social, meu amor :: como te ornar?, recompensar teu decidido planejamento (no sentido de imprescindível e inevitável), tua ocasião mesmo? :: ocasião com a dedé, tudo muito especial...
:: relação com o filho que chegou, e se foi, e se vai :: dor altíssima :: desovar algo, soltar de si um pedaço :: experiência nova no caso da dedÉ :: dor altiva, notabilíssima :: agora, como estou? :: estou sofrendo muito, completado um ciclo ::
que experiÊncia é essa? :: há como sintetizá-la, em um único desenho talvez, um único poema? :: colocar um ovo no mundo, um filho, uma criatura... :: ter um pouco da experiência de dEus, vendo-o reproduzir nossas dores, nossos inventos para se relacionar com o mundo :: estou asperamente tangido por tal experiência, nem um pouco arlequinal (mito de mário de andrade, aqui soando, por meio de uma leitura paralela, no poema "trovador", "sou um tupi tangendo um alaúde") ::
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ouço um nei lisboa :: "hein?!" :: sendo eu fruto da revolução, neto do bonfim, posso considerar-me também um filho desses que causa dor no pai? :: e o que sentirá o pai ao ver seu filho "anoitecer"? :: sofrer no quinto ciclo da vontade irresoluta? ::
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viajo na ideia de que meu trabalho agora é outro, e não mais o de professor-jornalista, o que causa imensa dor :: penso em compor uma narrativa que falasse sobre quais são as habilidades necessárias e as funções desempenhadas no contexto de meu novo trabalho :: e me ocorre olhar no blog meu estranho mundo caboclo, o poema "os loucos", onde encontro a expressão que julgo adequada para qualificar meu novo sentido: "profeta da fantasia brasileira", o que me remete ao texto sobre capoeira, que diz que os mestres ensinam pegando nas mãos, e que fala que o poeta, assim como o mestre africano, porta os saberes da ancestralidade, na tradição grega, citando um trecho de foucault, dizendo que o poeta avista aquilo que não está visível para dar unidade ao que parece sem sentido ::
é curioso o fato de o poema os loucos usar como metáfora, para definir esses profetas o processo criminal, a condenação, o choque, a polícia, em confluÊncia com o trabalho da dedé :: após passar a tarde conversando com ela sobre assuntos jurídicos, efetivamente se forma para mim mentalmente essa visão de uma necessidade da punição e da disciplina, da dor, como forma de manter a civilidade :: ao fundo, o problema seríssimo do incesto, e da necessidade de um uso amoroso, porque amadurecido, da força da sexualidade :: ao que se interpõe a ideia de pecada ::
domingo, 26 de julho de 2020
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viLa do osSo
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