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LIVRE
vc tem a umidade necessária para se parecer com todas as mulheres, mesmo sendo uma :: não temendo
qualquer tipo de adversidade, vai sendo espelho para muitas, várias, em um espaço necessário
de simpatias e identificações :: não há nenhuma dondoquice, nenhum fricote, nenhuma frescura ::
tua fragilidade é a mesma da natureza - serva, e soberana; revolta, e ameaçada de destruição ::
única :: inigualável :: estamos juntos há muito tempo, pregados um ao outro, revelando-nos mutuamente
na vida tempestuosa de muitos filhos (cinco, ao todo), agrados, conquistas, enjoos :: somos absolutamente
livres, e é isso que entendo como o livro de nosso casamento, essa união, cheia de pontos, que é um
bordado e que nos desenha, misteriosos :: como agora, em toda a liturgia pela união da vida a partir
da dignidade da alimentação, da comida, como se o mundo, tão cheio de corrupção, estivesse
precisando ficar lá fora, enquanto cozinhamos e comemos sem culpa, tornando
mais clara a força do
bem-estar em família :: é por isso que meus sonhos são sempre sinceros, contigo :: e é por isso que
sei que te mereço, apesar de teus níveis mais elevados, que os meus, de sensibilidade e pureza ::
nessa incompreensão que nossa alma profunda gera, sem que ninguém veja, está uma alusão
ao simbólico matrimônio sagrado, o perfeito casal que compreende com nitidez as agruras de dEus ::
vamo-nos casando, sagrados, enquanto se desfazem na volta os rótulos e os falsos compromissos
de sossego a dois, as falsas promessas de ternura e apreciação entre homem e mulher :: somos tímidos,
como dois pássaros, e isso nos aperfeiçoa o canto e o passo, a condução certa, pelo interior da senda da vida ::
qualquer tipo de adversidade, vai sendo espelho para muitas, várias, em um espaço necessário
de simpatias e identificações :: não há nenhuma dondoquice, nenhum fricote, nenhuma frescura ::
tua fragilidade é a mesma da natureza - serva, e soberana; revolta, e ameaçada de destruição ::
única :: inigualável :: estamos juntos há muito tempo, pregados um ao outro, revelando-nos mutuamente
na vida tempestuosa de muitos filhos (cinco, ao todo), agrados, conquistas, enjoos :: somos absolutamente
livres, e é isso que entendo como o livro de nosso casamento, essa união, cheia de pontos, que é um
bordado e que nos desenha, misteriosos :: como agora, em toda a liturgia pela união da vida a partir
da dignidade da alimentação, da comida, como se o mundo, tão cheio de corrupção, estivesse
precisando ficar lá fora, enquanto cozinhamos e comemos sem culpa, tornando
mais clara a força do
bem-estar em família :: é por isso que meus sonhos são sempre sinceros, contigo :: e é por isso que
sei que te mereço, apesar de teus níveis mais elevados, que os meus, de sensibilidade e pureza ::
nessa incompreensão que nossa alma profunda gera, sem que ninguém veja, está uma alusão
ao simbólico matrimônio sagrado, o perfeito casal que compreende com nitidez as agruras de dEus ::
vamo-nos casando, sagrados, enquanto se desfazem na volta os rótulos e os falsos compromissos
de sossego a dois, as falsas promessas de ternura e apreciação entre homem e mulher :: somos tímidos,
como dois pássaros, e isso nos aperfeiçoa o canto e o passo, a condução certa, pelo interior da senda da vida ::
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minha esposa passeia pelas melhores habilidades de casa, auxiliada pelas vozes ocultas do feminino,
que são palavras da mansa sabedoria divina :: oculta-se nela o poder divinatório da comida, que a torna
qual cOra coRalina, a mulher mais forte, a minha queriDa e maior fonte :: minha esposa pinta e aumenta o pensamento
feminino dentro de nossa casa :: minha esposa não é só lindA :: é a mais linda, porque a mais feminina ::
sou da corrente marítima do valor materno :: sou o que ela, no fundo, na intimidade mais íntima
do ser perfeito cozido em sua panela, colhe como paz na colheita :: eu sou a matéria de seu útero
a mim costurado, como tenso amor cansado de guerra :: eu sou o último guerreiro que seus olhos
já cansados de procurar podem ver :: eu sou a sua cria :: eu sou a verdade pura, filtrada, última,
uma espécie de água que voa a lhe alisar as saias, ou um vento a lhe balançar as mais altas folhas :: e nessa lentidão
amorosa, que nos une desde que chegamos aqui em Goiânia, a partir de forças longínquas, reforçamos
nossas vidas - eu, como poeta amoroso, brincador, artista; ela, como a ilustração mais perfeita da mulher
mais bonita, a mais real de todas as princesas que a minha imaginação infinita a mim mesmo
deixa ver, árvore misteriosa, antiga, imensa :: a própria cor terna, perigosa e tentadora, a inspirar
o amor à pátria e à língua :
que são palavras da mansa sabedoria divina :: oculta-se nela o poder divinatório da comida, que a torna
qual cOra coRalina, a mulher mais forte, a minha queriDa e maior fonte :: minha esposa pinta e aumenta o pensamento
feminino dentro de nossa casa :: minha esposa não é só lindA :: é a mais linda, porque a mais feminina ::
sou da corrente marítima do valor materno :: sou o que ela, no fundo, na intimidade mais íntima
do ser perfeito cozido em sua panela, colhe como paz na colheita :: eu sou a matéria de seu útero
a mim costurado, como tenso amor cansado de guerra :: eu sou o último guerreiro que seus olhos
já cansados de procurar podem ver :: eu sou a sua cria :: eu sou a verdade pura, filtrada, última,
uma espécie de água que voa a lhe alisar as saias, ou um vento a lhe balançar as mais altas folhas :: e nessa lentidão
amorosa, que nos une desde que chegamos aqui em Goiânia, a partir de forças longínquas, reforçamos
nossas vidas - eu, como poeta amoroso, brincador, artista; ela, como a ilustração mais perfeita da mulher
mais bonita, a mais real de todas as princesas que a minha imaginação infinita a mim mesmo
deixa ver, árvore misteriosa, antiga, imensa :: a própria cor terna, perigosa e tentadora, a inspirar
o amor à pátria e à língua :
><
CANTO ESTICADO
estou sem pressa para te amar porque o meu país é a nossa
calma, os incensos que queimamos,
o jeito vagaroso
de nos encontrarmos, os jarros, os azeites, o calor de uma
imensidão :: não existe propriamente uma fórmula de homem que sinalize
tua felicidade, e por isso sou calmo :: não existe também cabeça
capaz de te pensar, e por isso sou
um fruto novo,
que melhora com a idade e a razão :: eu estou nos teus cabelos brancos, desses
teus 50 anos que nos impulsionam :: são raios que nos movimentam, e por isso a cada dia
eu tenho mais candura nos pensamentos,
nos carinhos, e na maneira de andar ao teu lado :: sei que estás
sempre com um bebê novo, sorvendo, precisando de elogios e manutenção, e que isso
te faz de ferro ::
sei que nossa felicidade não se compra, e que por isso
não há casa, ou carro, mobília ou simples
eletrodoméstico que nos resolva :: e que um dia juntaremos
dinheiro em profusão, mas de maneira
adulta, justa e delicada ::
estou sempre apaixonado, porque o teu espírito
espalha os seus brinquedos :: uma ferocidade de limpar
o pátio e deixar as coisas nos teus jeitos ::: uma intensidade
espantosa daquela menina valente,
e esses brinquedos todos super fantasiam teus templos, as coisas
que te agradam :: e aqui me deixo,
qual oferenda, batendo palmas, colocando brincos em teu cabelo :: trago
flores e rosas, perfumes
e longínquas revelações do teu ser me conectam a essas
adorações que eu teço, como teu soldado ::
sou o teu soldado, mandado, e por pedras atingido :: dourado e antigo :: e agora,
depois de o caetano haver nascido,
eu sou um tudo que sonha, projeção dos teus cachos levíssimos, tua barriga
feito pedra, teus peitos
de deusa :: observo que há em tua cintura um poder :: com
ele, estou dez mil vezes mais forte,
como se meus dardos, com que me sonho, melhor
sondassem no futuro o ouro :: estou encantado com a tua pessoa
e a tua viril posição a lembrar-me as astúcias nas rodas de negros, mãezinhas,
voações nas manhãs
do bRasil :: estou a ponto de escavar até encontrAr conchas reais da suprema
natureza, gemas,
para tornar-me capaz de te dar um verdadeiro beijo,
e nossas almas se iludirem, beijadas :: e nunca será o bastante :: estou
enfeitando todas as latinhas e monturos para tornar-me de fato esse
verdadeiro rapaz, único,
impossível de ser copiado :: será que vão me deixar? :: será que
os pensamentos urbanos me permitiriam
apurar tanta pureza? :: nessa minha lenta sublimação, os muares
vão me esticando, e deixando
meu canto esticado :: estou por aí, altivo e saboroso e sendo
teu soldado, um lento pastor, uma revelação
para os que sempre me esperam :: eu sou tudo que o teu suor
sagrado, aborígene, nessa terra santificada
aprumou, permitindo heras, fortificando rosas, conduzindo os
passos de teu novo homeM :: ((24 fev. 2016
calma, os incensos que queimamos,
o jeito vagaroso
de nos encontrarmos, os jarros, os azeites, o calor de uma
imensidão :: não existe propriamente uma fórmula de homem que sinalize
tua felicidade, e por isso sou calmo :: não existe também cabeça
capaz de te pensar, e por isso sou
um fruto novo,
que melhora com a idade e a razão :: eu estou nos teus cabelos brancos, desses
teus 50 anos que nos impulsionam :: são raios que nos movimentam, e por isso a cada dia
eu tenho mais candura nos pensamentos,
nos carinhos, e na maneira de andar ao teu lado :: sei que estás
sempre com um bebê novo, sorvendo, precisando de elogios e manutenção, e que isso
te faz de ferro ::
sei que nossa felicidade não se compra, e que por isso
não há casa, ou carro, mobília ou simples
eletrodoméstico que nos resolva :: e que um dia juntaremos
dinheiro em profusão, mas de maneira
adulta, justa e delicada ::
estou sempre apaixonado, porque o teu espírito
espalha os seus brinquedos :: uma ferocidade de limpar
o pátio e deixar as coisas nos teus jeitos ::: uma intensidade
espantosa daquela menina valente,
e esses brinquedos todos super fantasiam teus templos, as coisas
que te agradam :: e aqui me deixo,
qual oferenda, batendo palmas, colocando brincos em teu cabelo :: trago
flores e rosas, perfumes
e longínquas revelações do teu ser me conectam a essas
adorações que eu teço, como teu soldado ::
sou o teu soldado, mandado, e por pedras atingido :: dourado e antigo :: e agora,
depois de o caetano haver nascido,
eu sou um tudo que sonha, projeção dos teus cachos levíssimos, tua barriga
feito pedra, teus peitos
de deusa :: observo que há em tua cintura um poder :: com
ele, estou dez mil vezes mais forte,
como se meus dardos, com que me sonho, melhor
sondassem no futuro o ouro :: estou encantado com a tua pessoa
e a tua viril posição a lembrar-me as astúcias nas rodas de negros, mãezinhas,
voações nas manhãs
do bRasil :: estou a ponto de escavar até encontrAr conchas reais da suprema
natureza, gemas,
para tornar-me capaz de te dar um verdadeiro beijo,
e nossas almas se iludirem, beijadas :: e nunca será o bastante :: estou
enfeitando todas as latinhas e monturos para tornar-me de fato esse
verdadeiro rapaz, único,
impossível de ser copiado :: será que vão me deixar? :: será que
os pensamentos urbanos me permitiriam
apurar tanta pureza? :: nessa minha lenta sublimação, os muares
vão me esticando, e deixando
meu canto esticado :: estou por aí, altivo e saboroso e sendo
teu soldado, um lento pastor, uma revelação
para os que sempre me esperam :: eu sou tudo que o teu suor
sagrado, aborígene, nessa terra santificada
aprumou, permitindo heras, fortificando rosas, conduzindo os
passos de teu novo homeM :: ((24 fev. 2016
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OBÁ
Olho o teu espírito amigo,
Voraz e versátil,
Negro espírito,
Com a amizade de uma mãe loba,
Longínqua e doadora ::
Boas coisas vertem,
Por debaixo de teus dotes
Selvagens de loba, tua bondade
Faceira de alquimista-bruxa,
Onde os meus
Diversos meninos,
Doloridos e dionísicos,
Sonham ::
Cada um desses erês
É uma alegria
Marinheira,
Que mama,
Que medra
E que repica,
Como o soar de sinos,
No contato com
Intimidades
Vivas
De teu colo
Perfumado
De leite e ervas ::
Ó mãe marinheira ::
Tudo é lavra para a
Nossa inteligência
Notívaga,
Que nos alimenta,
Como alimentou
Um dia astronaves
Doidas e musicais ::
Lentas,
Vagarosas ::
Compridas ::
Longas ::
Intermináveis
Tranças
De longos
Cabelos,
Como as costuras
De uma sinfonia
Mítica sobre os
Sertões brasileiros ::
Componho uma
Coroa de flores
Para coroar
Nossas cabeças ::
Cabeças com ruídos
Sonoros de lembranças
Revolucionárias ::
Nelas, está tudo feito
A ferro ::
A ferro e sal ::
Estou na densidade bíblica
Da tua negra saia ::
E sou doente
Como uma sabedoria
Oriental, cheia
De enigmas
E pobrezas
Sobre
O Ocidente,
Os deslizes,
E os cruzamentos
Da história ::
Há o soar de cachoeiras ::
Há a docilidade de frutas
Crescidas ao calor de
Manhosas ribeiras ::
Experimento de tua dor
Com minha boca
Poética ::
E toda vez que te
Adorno, para
Te adorar em um pedestal,
Como que a barriga
De uma lua cheia
E grávida,
Confundindo a todos
Com seus segredos,
Me atordoa de
Martírios,
De maneira física,
Mas angelical,
Sagrada ::
Me belisca
O olhar,
Me coloca de
Joelhos ::
Nunca faço
O suficiente
Por te merecer ::
E nessa falta,
Intuo a necessidade
De mais estudos,
De mais floreios,
De mais belos ou
Escandolosos
Solos de guitarra ::
Subvertendo
O chão desse país
Escandaloso,
Te entrego minha
Vida e minha morte ::
Ninguém mais arriscaria
Tanto ::
Ninguém mais teria
Tanta ventura,
Ou tanta sorte ::
Na cabana em que
Vivemos, está
Tudo organizado
E nítido :: as levas
De coisas
Assadas ao forno,
Florzinhas
De bebês,
Incensos,
Literatura
Para os casais
Em chamas
:: a tua fronte
Já não esconde
Uma cabeça branca,
Lá adiante,
E é essa ardorosa
Visão que me
Atemoriza e
Me fascina
::
Sou eu
A poderosa
Lança do amor,
De origem
Africana,
Em busca
De relações
Mais pacíficas
E concretas,
Entre tudo
E entre todos,
Que façam
Juz à serenidade
De teus
Voluptuosos mistérios ::
><
AMAZONA
onde não há pressa, o amor é uma visão longa, mineralizada, indestrutível ::
no bRasil, que aponta em uma direção meditativa, a direção de uma ioga faceira
autóctone, em que brincam
todos os casais permitidos por nossa miscigenação, enquanto filhos iguais da terra,
novos, fresquinhos
da colheita :: no ápice dessa meditação, seu nirvana, atingido a partir das pedras do
mercado, nas cidades, em seus pelourinhos,
colhemos a cordura de revelação mais que humana :: e nos tornamos
uma verdadeira índia, com a bênção
de krishna, dando voltas no planeta, permitindo visões amáveis sobre
o fim cruel da guerra :: onde não há
pressa, aguardamos até que todos ingressem no vagão da mágica visão do amor
bastante natural, porque
agregador de muitas vontades humanas, muitos pés, muitos vozes, muitas voltagens ::
onde não há pressa,
o super homem voa, sendo seu poder a velocidade que conquistou na cordura do ato
da espera :: sobre esse
pai eterno, há uma mulher feliz em formidável cavalgada, aprumando sua inteligência
e lhe apontando
a direção com os seios :: e dizendo-lhe, em balbucios, "somos a pintura da terra",
e sopram-lhe estrelas,
e voam-lhe os cabelos ::
BISÃO
parece que somos como plantas, necessitando de uma área bem arejada
para crescer, em contato
para crescer, em contato
com água e o sol :: essas águas são meus amores pictóricos, formas naturais de
cor, que me permitem
pensar como um homem naturalmente são, formidável, fazendo coisas boas,
nunca banais (mesmo
se pequenas) :: há um drama da vida, nisso, que é um drama da qualidade
estética, da beleza ::
crianças em berços da disneylândia não são meu artístico aconchego :: do
modo como me encontro, sempre
estética, da beleza ::
crianças em berços da disneylândia não são meu artístico aconchego :: do
modo como me encontro, sempre
escrevendo por tintas de uma enseada de cor americalatinófila, sempre por um
caminho dÁfrica,
caminho dÁfrica,
apenadamente me encontro :: reunidamente me encontro com os mestres da
fantasia brasileira ::
são poucos os militares, dessa ordem, porém são os grãos-mestres da
elegia nativa apolínea ::
são soldados, com missão nativa de um solo de maria, parecem-se
fantasia brasileira ::
são poucos os militares, dessa ordem, porém são os grãos-mestres da
elegia nativa apolínea ::
são soldados, com missão nativa de um solo de maria, parecem-se
com jesus cristo
e por isso cumprem um estranho destino por amor À humanidade,
e por isso cumprem um estranho destino por amor À humanidade,
de versarem
sobre uma beleza apenas em dinheiro pobre :: são um sentido fino para
a fantasia da
simplicidade :: pais do solo, pais da melodia, do escravo bento que apruma
sobre uma beleza apenas em dinheiro pobre :: são um sentido fino para
a fantasia da
simplicidade :: pais do solo, pais da melodia, do escravo bento que apruma
com cara e pó o
rito completo da escravaria :: sob um céu de xangô, aconchegam o ruído pobre
de latinhas em arames,
rito completo da escravaria :: sob um céu de xangô, aconchegam o ruído pobre
de latinhas em arames,
como aquele obtido no berimbau :: pais da favela e do samba, da simplicidade
verde e rock, da mangueira natural
verde e rock, da mangueira natural
e das pradarias naturais da américa do norte, onde o bisão corre :: cascateiam
as águas, são solos,
portas e janelas míticas, portas de furnas com avencas, sempre apurando um açúcar,
uma efervescÊncia
natural das linhas humanas puras, sempre pintando uma novidade::
as águas, são solos,
portas e janelas míticas, portas de furnas com avencas, sempre apurando um açúcar,
uma efervescÊncia
natural das linhas humanas puras, sempre pintando uma novidade::
eternamente,
têm no máximo 25 anos de alma, na aparência jovem, e dormem nos
costados do infinito :: são os filhos
têm no máximo 25 anos de alma, na aparência jovem, e dormem nos
costados do infinito :: são os filhos
da loba eterna :: gostam de redemoinhos, samambaias e latas de cobre,
tinta de urutu e cascas de árvores ::
tinta de urutu e cascas de árvores ::
dentro dos arbustos, formam as tocas e escrevem falas que não possuem grossa
audiência ::
afastam-nos das cavernas para ensinar que o sentido oculto está na brandura da carne,
afastam-nos das cavernas para ensinar que o sentido oculto está na brandura da carne,
no sossego da
leitura ao sol, no chocolate, na pimenta, no leite :: vão com isso amadurecendo
uma posição
leitura ao sol, no chocolate, na pimenta, no leite :: vão com isso amadurecendo
uma posição
concreta no mundo, como a lona de um mito, a lona da arte como cura da
vida aos pobres :: são mambembes,
vida aos pobres :: são mambembes,
e sempre combatidos :: é difícil ser grão-mestre e grão
senhor dessa ordem :: aprende-se nela a voar
senhor dessa ordem :: aprende-se nela a voar
encapsulado em um mistério de águas geladas que voam e
decolam :: somente a variação dos solfejos
despretensiosos, imitando a escravaria inteira da América e dos
Estados Unidos, a punição vencida
Estados Unidos, a punição vencida
coração, e eu me chamo sinuosamente aquele que respirou de maneira
boa até conquistar uma
boa até conquistar uma
afeição perfeita pela onda inteira da humanidade, todas as suas bandas da
morte, todas suas correrias,
todo seu desencanto :: agora, ainda sem saber tocar piano, reinvento os
pés, os passos da cigana
pés, os passos da cigana
bailarina, em nome da liberdade, das crianças, em nome de minha própria morte ::
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